— Vamos. Qual é o risco de me conhecer se sou apenas um cara idiota que não tem jeito quando se trata de namoro? Quero dizer, não é como se você fosse se apaixonar por mim.
Mas ei, um cara poderia ter esperança, não poderia?
Essa foi minha ideia quando conheci Ariel Logan – a nova assistente da minha irmã em seu talk show – e fiz com que ela concordasse em ser minha tutora de relacionamento, na esperança de que ela percebesse que eu sou o homem que ela precisa.
Veja, eu sou o cara legal – o cara que é a terceira, quarta ou centésima roda, o rei da zona de amizade e o personagem secundário pateta, se preferir. E até conhecer Ariel, pensei que esse era o papel que estava destinado a desempenhar.
Mas, droga, eu sabia que poderia ser o homem dos seus sonhos se ela apenas me desse a oportunidade. Seu temperamento rabugento e seu ódio pela população masculina me fizeram perceber que se eu quisesse uma chance com essa garota, teria que ser estratégico. Então, arrisquei, pedi a ela que me ensinasse sobre namoro, esperando que desse certo, e decidi estrelar a atividade mais importante da minha vida.
Claro, nada correu bem. Desde erros amorosos até ver Ariel lutando contra seus desejos, pareceu que passaram anos até que eu finalmente colocasse meu coração em jogo.
E eu pensei que a tinha. Eu pensei que ela sentia o mesmo, até que minha escolha arriscada voltou a me morder com força e ameaçou o domínio que eu finalmente tinha sobre a mulher dos meus sonhos.
Ela perceberia que eu só tomei essa decisão porque a queria?
Será que ela entenderia que eu nunca me importei em namorar outras mulheres, só ela?
Ela finalmente permitiria que eu não fosse mais o cara da linha lateral, mas o MVP?
E provar a ela que os caras legais podem terminar em último – mas pelo menos ainda terminam.
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