Monstros são criados, não nascem...
A maioria o chamava de Carcereiro. Alguns o chamavam de monstro.
Se ele tivesse um nome, ninguém teria sobrevivido por tempo suficiente ao conhecê-lo para contar. Diziam que ele se sentava em cima de um monte de crânios e marcava cada morte em seu trono, como entalhes na cabeceira de uma cama. Algumas histórias contavam que tinha asas escuras como a noite e que usava uma coroa de arame farpado tecida em torno de quatro chifres.
Dante já tinha ouvido todas as histórias antes.
A única história que lhe interessava era aquela que dizia que o Carcereiro poderia sangrar. Se o Carcereiro pudesse sangrar, então ele poderia morrer, e Dante seria quem finalmente o mataria.
Esta é a história de como todas essas histórias estavam erradas. E Dante também.
🔖 /AC: automutilação e ameaça sexual
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